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Movimentos e Imprio - Foto/Reproduo: Impresso Dirio de Pernambuco

O sculo XIX tambm foi marcado por alguns movimentos revolucionrios e conflitos. Em 1817, alguns cearenses, liderados pela famlia Alencar, apoiaram a Revoluo Pernambucana. O movimento, no entanto, ficou ao Cariri e, especialmente, cidade do Crato, e foi rapidamente sufocado. Em 1824, j aps a independncia, os mesmos ideais republicanos e liberais apareceram num movimento mais amplo e organizado: a Confederao do Equador. Aderindo aos revoltosos pernambucanos, vrias cidades cearenses, como Crato, Ic e Quixeramobim, demonstraram sua insatisfao com o governo imperial. 56f3e

Aps choques com o governo provisrio controlado pelo Imperador Dom Pedro I, foi estabelecida a Repblica do Cear em 26 de agosto de 1824, tendo Tristo Alencar como presidente do Conselho que governaria a provncia. A forte represso das foras imperiais, no entanto, derrotaram rapidamente o movimento rebelde devido a diversos motivos: a superioridade militar das tropas do governo imperial; a pouca participao popular; as principais lideranas terem sido presas ou mortas.

Outro conflito que se destacou na histria cearense foi a Sedio de Pinto Madeira, um violento conflito entre a vila do Crato, liderada por liberais republicanos (com maior destaque para a famlia Alencar), e a de Jardim, praticamente dominada por Pinto Madeira, de carter absolutista e autoritrio. As duas elites locais disputavam pelo controle poltico do Cariri cearense. Por fim, os cratenses contrataram o mercenrio francs Pierre Labatut e, reagindo com um exrcito formado por sertanejos humildes, renderam os jardinenses. Pinto Madeira foi julgado sumariamente no Crato, aps ser considerado culpado pela morte do liberal Jos Pinto Cidade.

Tambm no sculo XIX, o Cear sofreu um verdadeiro boom econmico durante o perodo da Guerra de Secesso (1861-1865) nos EUA, que, afetando a cotonicultura norte-americana, abriu o mercado mundial para o algodo cearense. Foi nesse perodo que Fortaleza desbancou Aracati do posto de cidade principal do Cear: o algodo substitua o charque em importncia econmica. Porm, a Grande Seca(1877/78/79), interfere na agricultura do algodo, Fortaleza foi invadido pelas vtimas da estiagem, uma grande parte da populao cearense emigra para a Amaznia e assim contribui no boom do primeiro Ciclo da Borracha. E a partir desta seca o Cear a a ser fator de ateno dentro da poltica nacional.

No sculo XIX, um movimento de grande importncia aconteceu no Cear: a campanha abolicionista, que aboliu a escravido no estado em 25 de maro de 1884, antes da Lei urea, que de 1888. Foi, portanto, o primeiro estado brasileiro a abolir a escravatura. Dentro do Cear, o primeiro municpio a abolir a escravatura foi Acarape, que depois do evento, ou a ser chamado de Redeno. O abolicionismo foi favorecido pela pouca importncia da escravido na economia cearense relativamente s outras regies do Brasil. Contou com o apoio da Maonaria e at mesmo de grupos formados por mulheres da elite do Estado. Alm da pequena quantidade de escravos, quando da campanha abolicionista, muitos escravos eram vendidos para o trabalho em outras provncias com maior demanda de trabalho compulsrio.

Pela grande dificuldade em atracar navios, devido ao mar bravio, a capital cearense era um pssimo ancoradouro, o que fazia dos jangadeiros um elemento de suma importncia para a economia local, j que o embarque e desembarque no porto de Fortaleza tinha que ser feito por meio de embarcaes pequenas e insubmersveis conhecidas como jangadas, e a forte campanha abolicionista, em 1881, convenceu os jangadeiros cearenses a no mais realizar o transporte de escravos para terra firme. Sob o lema 'No Cear no se embarcam mais escravos', o movimento, comandado pelo jangadeiro Francisco Jos do Nascimento, o 'Drago do Mar', hoje nome de um centro cultural da cidade de Fortaleza, ganhou significativa simpatia da populao cearense.

Fonte Wikipdia

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